XG domina São Paulo com show explosivo e conexão única com o público

Nem a noite chuvosa e fria de São Paulo segurou os 4 mil fãs que lotaram o Tokio Marine Hall na quinta-feira, 24 de abril de 2025, para ver de perto o fenômeno do pop japonês XG. Em sua primeira turnê mundial, o girlgroup provou sua força entregando uma apresentação poderosa e inesquecível para o público brasileiro.

Formado por Jurin, Chisa, Hinata, Juria, Cocona, Maya e Harvey, o XG, que estreou em 2022, é hoje um dos principais nomes do Jpop, tentando ocupar espaço semelhante ao sucesso do Kpop. Com shows esgotados pela Ásia, Europa, Estados Unidos e até no Coachella, o grupo mostrou que veio para ficar.

Performance impecável do início ao fim

A abertura com “Shooting Star” já demonstrou o nível das integrantes, com vocais ao vivo impecáveis e coreografias intensas. A energia foi mantida com hits como “Howling“, “Woke Up” e “IYKYK“, todos acompanhados em coro pela plateia.

O público era diverso: majoritariamente feminino, mas com muitos pais, mães e namorados, todos completamente envolvidos na atmosfera do show. Uma sacada genial foi colocar as letras das músicas no telão, permitindo que até quem não conhecia todas as faixas pudesse cantar junto.

Simpatia e carinho com o Brasil

Outro ponto alto foi a tentativa constante das integrantes de se comunicar em português. Elas enviaram mensagens de amor e gratidão ao público durante toda a apresentação, reforçando a conexão afetiva que estabeleceram. No final, fizeram a clássica homenagem, segurando a bandeira do Brasil e emocionando os fãs.

Apresentações solo surpreendentes

O bloco solo das integrantes foi um verdadeiro show à parte:

• Hinata e Chisa emocionaram com covers poderosos: “Red” de Taylor Swift e “Born This Way” de Lady Gaga.
• Maya e Cocona incendiaram o público com performances de rap afiadas.
• Jurin brilhou com uma apresentação focada na dança.
• Juria e Harvey mostraram potência vocal e impressionaram pela afinação e alcance.

Bloco final com hits e entrega total

O ápice do show veio com “In the Rain” e “Is This Love“, seguido por um encerramento explosivo com “Left Right“, “New Dance” e o grand finale com “Puppet Show“. Cada música reforçou o talento e o preparo do XG, mantendo o público animado até o último segundo.

Pontos de melhoria

Apesar da excelência na performance, a transição entre os blocos teve momentos de falha. As trocas de roupa foram longas, especialmente a última pausa que deixou o público esperando nove minutos com uma tela preta. No início, vídeos legendados em português amenizaram a espera, mas no final faltou esse cuidado.

Merchandising exclusivo e estrutura modesta

O XG trouxe uma linha completa de produtos oficiais para o Brasil, incluindo itens licenciados e um cobiçado meet and greet. Apesar dos preços altos, os fãs não pouparam esforços para levar para casa uma lembrança especial.

O show, realizado em uma casa de porte médio, contou com uma estrutura de lasers caprichada, provando que o grupo já tem capacidade de sustentar apresentações em espaços ainda maiores, como estádios.

Uma aula de carisma e entrega

No final das contas, o que mais importa é a música e a conexão com o público — e o XG deu uma verdadeira aula nos dois quesitos. As japonesas deixaram um recado claro: quem quer conquistar o Brasil precisa se jogar de verdade. O XG não apenas conquistou; elas dominaram.