Vozes nas ruas de Long Island

Vozes nas Ruas de Long Island

A insatisfação com o governo de Donald Trump voltou a incendiar as ruas de Long Island em 5 de abril de 2025. Organizados pelo grupo ativista Hands Off, manifestantes LGBTQIA+, ambientalistas e cidadãos comuns marcaram presença com cartazes, gritos de ordem e buzinas em diversas localidades como Mineola, Riverhead, Patchogue, Sag Harbor, Port Jefferson Station, Greenport, East Hampton e Farmingville.

A faísca dos protestos? As tarifas recentes impostas por Trump e a crescente influência de Elon Musk como conselheiro sênior do governo, o que acendeu o alerta geral.

Multidões se mobilizam em defesa do povo e contra os super-ricos

Multidões se mobilizam em defesa do povo e contra os super-ricos

Em Port Jefferson Station, os cruzamentos das County Road 347, Route 112 e Canal Road viraram um mar de vozes exigindo mudança. Judy Black, do North Brookhaven Democratic Club, resumiu o sentimento coletivo:

“A história do nosso país é apoiar seus cidadãos, e é isso que esperamos que aconteça. Estes são protestos pacíficos em todo o estado de Nova York, em Long Island, em todo o país, e realmente queremos que nosso governo trabalhe para as pessoas que representa. Não é para representar os muito ricos.”

A fala dela ecoa uma frustração generalizada com a falta de conexão entre as políticas atuais e as reais necessidades do povo americano — especialmente das comunidades marginalizadas, como a LGBTQIA+.

Elon Musk no centro das críticas

Ken Rosenblatt, um dos manifestantes, não poupou críticas a Elon Musk. Ex-fã declarado do bilionário, ele expressou decepção com a guinada política de Musk e com a forma como suas decisões estão impactando negativamente o país:

“As pessoas que compraram Teslas como eu são pessoas que apoiam o meio ambiente. Somos ambientalistas… O que ele fez naquele momento foi fantástico, mas de uma forma ou de outra, ele saiu, seja uma coisa mental ou o que quer que seja, ele foi para o lado louco.”

Ele ainda reforçou que Musk virou as costas para as mesmas pessoas que impulsionaram seu sucesso — e que agora estão sendo deixadas de lado.

A urgência de frear os retrocessos

A urgência de frear os retrocessos

Dee Hansen, presidente do Comitê Democrata de North Brookhaven, pontuou a gravidade da situação atual com firmeza:

“Mais de 50% da população votante americana não votou em Donald Trump, e a cada dia ele causa mais e mais danos à grande nação que somos. Queremos que eles parem. Não só prejudica os indivíduos, mas também as famílias. Isso prejudica a nação.”

Essa fala ressoou com força entre os participantes — a percepção de que as decisões de Washington estão minando direitos e aprofundando desigualdades sociais foi um dos combustíveis do protesto.

Presença de grupos e lideranças engajadas

A mobilização atraiu apoio de diferentes frentes. A Filial Islip-Smithtown da NAACP esteve presente, levantando vozes contra a deportação arbitrária de imigrantes, cortes na educação e o esvaziamento da Agência de Proteção Ambiental.

Joe Lescinski, membro da organização, foi direto:

“A ideia de tantos direitos sendo ignorados, sendo retirados, pessoas perdendo seus empregos, pessoas sendo deportadas sem legitimidade… estamos apenas preocupados por estarmos indo em uma direção que não deveríamos estar indo.”

Pressão política local: o recado para Ed Romaine

Um dos nomes de destaque no protesto foi Dave Calone, democrata que concorreu ao cargo de Executivo do Condado de Suffolk em 2023. Mesmo derrotado por Ed Romaine, ele aproveitou o momento para pressionar o atual líder do condado:

“Eu sei que ele entende que as famílias estão sendo espremidas aqui em Long Island e no condado de Suffolk por causa das políticas fiscais de Trump… E eu adoraria vê-lo se levantar e responsabilizar seu próprio partido por isso.”

Calone acredita que a voz de Romaine poderia fazer diferença — e deixou o desafio no ar.

Uma resistência que cresce com coragem e diversidade

O que vimos em Long Island não foi apenas mais um protesto. Foi um grito de resistência que atravessa partidos, classes e bandeiras. Foi o povo se posicionando contra a concentração de poder e riqueza, contra decisões que ameaçam o meio ambiente e os direitos humanos. E foi, sobretudo, uma demonstração de que a comunidade LGBTQIA+ e seus aliados estão mais fortes, mais atentos e mais unidos do que nunca.

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