O ano de 2025 tem registrado um aumento significativo na violência contra a comunidade LGBTQIA+ no México. Dados do Observatório Nacional de Crimes de Ódio contra Pessoas LGBTQIA+ indicam um crescimento alarmante nos ataques e homicídios direcionados a essa população. Esse cenário ressalta a urgência de ações efetivas para garantir a segurança e os direitos dessa comunidade.
No início de 2025, quatro ativistas LGBTQIA+ foram assassinados ou sofreram ataques violentos. Entre as vítimas estavam Samantha Fonseca, ativista trans e candidata ao Senado, que foi morta a tiros na Cidade do México após anunciar um protesto por direitos trans, e Miriam Ríos Ríos, ativista de direitos humanos e membro do conselho municipal em Jacona, Michoacán, assassinada em janeiro de 2025.
Em resposta a esses eventos, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) instou o Estado mexicano a investigar todas as violações de direitos humanos contra pessoas LGBTQIA+, especialmente atos de violência, adotando uma perspectiva de gênero.
Além disso, em uma medida significativa, a Cidade do México aprovou uma lei que reconhece o transfeminicídio como crime, com penas de até 70 anos de prisão. Essa decisão ocorreu após anos de ativismo e busca abordar a violência contra indivíduos transgêneros na região.
Apesar de avanços legais, a violência baseada em gênero e direcionada a pessoas LGBTQIA+ continua a aumentar em todo o México. Fatores como atividades de gangues criminosas e a falta de um sistema independente e imparcial para combater a impunidade e a corrupção agravam o problema.
A situação exige uma resposta urgente das autoridades e da sociedade para garantir que todos, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero, possam viver sem medo de violência e discriminação.