Na sexta-feira, 9 de maio de 2025, o vereador Rafael Ranalli (PL), de Cuiabá (MT), apresentou um projeto de lei que vem gerando polêmica: ele quer proibir o uso de símbolos cristãos em eventos da comunidade LGBTQIA+ no município, incluindo a Parada do Orgulho.
A proposta de Ranalli não mira apenas a Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Cuiabá. Segundo o texto, a vedação também valeria para marchas, desfiles, manifestações ou qualquer celebração pública da comunidade, abrangendo outros eventos similares que celebrem a diversidade.
O projeto de lei propõe vetar o uso de objetos religiosos como bíblias, terços, crucifixos, cruzes e imagens sacras — todos associados à fé cristã — quando usados com intenção de zombaria ou difamação.
Se aprovado pela Câmara Municipal e sancionado pelo prefeito Abilio Brunini (PL) — que também é evangélico —, a comunidade LGBTQIA+ estará legalmente impedida de utilizar esses símbolos de forma considerada ofensiva em seus atos públicos.
A proposta reacende o debate entre os limites da liberdade religiosa e da liberdade de expressão, especialmente em um país laico como o Brasil. A medida pode gerar forte repercussão nacional, com posicionamentos divergentes entre defensores da diversidade e setores mais conservadores.