O Departamento de Defesa dos Estados Unidos começou a eliminar milhares de fotos e postagens online que destacam iniciativas de diversidade e inclusão nas Forças Armadas, em conformidade com uma ordem executiva do presidente Donald Trump. Essa ação visa encerrar programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) no governo federal.
De acordo com informações obtidas, mais de 26 mil imagens foram sinalizadas para exclusão em diversas plataformas militares. Grande parte desse material retrata mulheres, minorias, negros e hispânicos. Curiosamente, algumas fotos estão sendo removidas apenas por conterem a palavra “gay”. Entre os conteúdos afetados estão referências a heróis da Segunda Guerra Mundial, como ganhadores da Medalha de Honra, a aeronave B-29 Enola Gay, que lançou a primeira bomba atômica em Hiroshima, e as primeiras mulheres a concluírem o treinamento de infantaria da Marinha.
O secretário de Defesa, Pete Hegseth, estabeleceu o prazo até quarta-feira, 12 de março, para que todas as ramificações militares removam qualquer conteúdo relacionado a DEI de suas plataformas, em cumprimento à ordem executiva presidencial. Essa medida faz parte de um esforço mais amplo da administração Trump para aumentar a “letalidade” das Forças Armadas, eliminando programas que promovam diversidade e inclusão.
A decisão gerou confusão e preocupações sobre a possível remoção de materiais históricos e culturalmente significativos. Há temores de que essa ação possa afetar o moral das tropas e a coesão dentro das Forças Armadas. Além disso, a rápida implementação da diretriz apresenta desafios logísticos, especialmente no que diz respeito ao cumprimento das leis federais de arquivamento e à possível restauração de conteúdo removido indevidamente.
A remoção de conteúdo de diversidade e inclusão das plataformas das Forças Armadas dos EUA representa uma mudança significativa na política militar do país. Enquanto a administração busca reforçar a eficácia militar, críticos argumentam que a eliminação de programas DEI pode minar a coesão e a representatividade dentro das forças armadas. O impacto total dessa decisão ainda está por ser avaliado, mas já suscita debates sobre o equilíbrio entre eficiência militar e diversidade.