No dia 5 de abril de 2025, o planeta pulsou em rebeldia. Foram cerca de 1.200 manifestações espalhadas pelos 50 estados americanos e em cidades internacionais como Berlim, Paris, Londres, Frankfurt, Montreal e Cidade do México. O alvo? A aliança entre o presidente Donald Trump e o bilionário Elon Musk, acusados de destruir direitos sociais com políticas impiedosas, cortes brutais e um autoritarismo disfarçado de eficiência.
Mesmo com o céu cinza e a garoa cortando o vento, mais de 20 mil pessoas lotaram o National Mall, em Washington, D.C. De guarda-chuva em punho e cartazes empapados, a multidão não recuou. Bandeiras da Ucrânia, lenços palestinos keffiyeh e faixas com “Palestina Livre” davam o tom da diversidade e da indignação.
A aposentada e cientista biomédica Terry Klein, vinda de Princeton, resumiu o sentimento geral:
“Nosso país está sob ataque. Nossas instituições, nossa identidade, tudo.”
Deputados democratas engrossaram o coro, denunciando o desmonte das políticas públicas e o autoritarismo crescente.
De Nova Jersey a Connecticut, idosos vieram às ruas com cartazes caseiros, coragem e frases cortantes. Wayne Hoffman, 73 anos, ex-gerente de recursos, alertou sobre os impactos das tarifas:
“Isso vai quebrar os agricultores, destruir aposentadorias e arrasar com os empregos.”
Sue-ann Friedman, 84, apareceu com um cartaz rosa fluorescente:
“Achei que meus dias de marcha tinham acabado… até Musk e Trump.”
E o estreante nos protestos, Paul Kretschmann, 74, mandou real:
“Estão cavando a cova da Previdência Social.”
O infame Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), chefiado por Musk com benção de Trump, disparou a tesoura. Foram 200 mil empregos cortados, incluindo 20 mil só no IRS, o equivalente a um quarto da força de trabalho do órgão.
Perto de Baltimore, centenas protestaram em frente à sede da Previdência. Linda Falcão, prestes a completar 65 anos, segurou o microfone com fúria nos olhos:
“Trabalhei desde os 16. Quero meus benefícios. Amo a América, mas tô de coração partido.”
A Casa Branca, claro, rebateu. A secretária de imprensa assistente, Liz Huston, soltou nota defendendo Trump:
“O presidente sempre protegerá a Previdência e o Medicare. Já os democratas querem dar esses benefícios a estrangeiros ilegais, o que acabaria com tudo.”
Antes mesmo das primeiras palavras de ordem ecoarem nos EUA, americanos no exterior já estavam nas ruas. Em Frankfurt, Berlim, Paris e Londres, manifestantes ergueram faixas com frases como:
Na Place de la République, em Paris, cerca de 200 pessoas denunciaram o fascismo e exigiram respeito à democracia. Em Londres, o protesto tomou conta da Trafalgar Square, com gritos de revolta e vergonha diante da política externa americana.
O que rolou no dia 5 de abril de 2025 não foi só protesto. Foi levante. Foi aviso. O povo mostrou que ainda tem voz, tem garra e não aceita calado ver direitos sendo triturados por bilionários vestidos de salvadores.
Trump e Musk podem ter dinheiro e poder, mas não têm o povo. E quando o povo acorda, ninguém segura.