O governo dos Estados Unidos solicitou que fornecedores que prestam serviços às embaixadas do país abandonem políticas de diversidade e inclusão. A medida, que veio à tona em fevereiro de 2025, gerou preocupação entre ativistas e defensores dos direitos humanos, que enxergam um possível retrocesso nas conquistas da comunidade LGBTQIA+ e de outros grupos historicamente marginalizados.
A exigência impacta empresas que fornecem produtos e serviços a representações diplomáticas dos EUA ao redor do mundo. A orientação, segundo fontes próximas ao caso, sugere que contratos podem ser revistos caso os fornecedores mantenham programas voltados à inclusão de grupos minorizados, como políticas afirmativas para pessoas LGBTQIA+, negros, indígenas e pessoas com deficiência.
Essa mudança ocorre em um contexto de debates sobre diversidade no ambiente corporativo, especialmente em setores ligados ao governo. A decisão levanta questões sobre a continuidade de esforços para garantir a igualdade de oportunidades e o respeito à identidade de gênero e orientação sexual no ambiente de trabalho.
A possível retirada de políticas inclusivas nas empresas que prestam serviços às embaixadas preocupa organizações de direitos humanos e grupos da sociedade civil. Especialistas alertam que essa medida pode afetar o compromisso internacional dos EUA com pautas de diversidade e inclusão, além de influenciar a postura de empresas em outros setores.
Além disso, essa decisão pode gerar impactos no mercado de trabalho, reduzindo oportunidades para profissionais LGBTQIA+ e outros grupos que se beneficiam de políticas corporativas de inclusão. Empresas que atuam no exterior poderão enfrentar dilemas ao tentar equilibrar demandas contratuais com suas próprias diretrizes de diversidade.
Embora a decisão dos EUA possa representar um desafio para políticas de diversidade no setor diplomático, organizações e ativistas seguem mobilizados para manter os avanços conquistados nas últimas décadas. A resposta do setor empresarial a essa diretriz será determinante para entender o impacto real dessa medida no longo prazo.
A luta pela inclusão e diversidade continua sendo uma pauta essencial nos Estados Unidos e no mundo. A mobilização de diferentes setores pode ser fundamental para garantir que políticas afirmativas não sejam enfraquecidas, mas sim fortalecidas, independentemente das mudanças políticas e institucionais.