O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, é um marco fundamental na luta por direitos, igualdade e reconhecimento das mulheres ao longo da história. A data, que teve origem em movimentos feministas do século XX, continua sendo um símbolo de resistência e conquista para mulheres de todas as identidades e vivências.
No entanto, ainda hoje, mulheres queer enfrentam desafios específicos dentro da sociedade e, muitas vezes, até mesmo dentro dos próprios movimentos feministas. Essa realidade destaca a necessidade de uma luta interseccional, que abrace todas as mulheres, sem exceção.
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Muitas mulheres queer foram pioneiras na luta por direitos civis, mas suas contribuições nem sempre receberam o devido reconhecimento. Entre as figuras históricas que marcaram essa trajetória, destacam-se:
Ativistas trans que tiveram um papel essencial nos motins de Stonewall em 1969, evento que impulsionou a luta pelos direitos queer nos Estados Unidos e no mundo.
Poetisa e ativista negra, lésbica e feminista, Audre Lorde abordou em sua obra a interseccionalidade das opressões enfrentadas por mulheres negras e queer.
A primeira mulher trans a competir no Miss Universo, trazendo mais visibilidade para mulheres trans dentro de um espaço historicamente cisnormativo.
Esses exemplos mostram como a luta das mulheres queer sempre esteve entrelaçada com o movimento feminista, apesar de, muitas vezes, terem sido marginalizadas dentro dele.
Mesmo com avanços significativos, a desigualdade e a discriminação ainda são realidades para muitas mulheres queer. Algumas das principais dificuldades enfrentadas incluem:
Violência de gênero e queerfobia
Muitas mulheres trans, lésbicas e bissexuais enfrentam agressões físicas, psicológicas e institucionais.
Invisibilidade no mercado de trabalho
Mulheres trans, em especial, têm dificuldades para acessar empregos formais devido ao preconceito estrutural.
Apagamento dentro do próprio feminismo
Embora o movimento feminista lute pela igualdade, muitas vezes há resistência em incluir mulheres queer na pauta principal.
Apesar dos desafios, as mulheres queer vêm conquistando cada vez mais espaços de visibilidade e poder. Seja na política, no entretenimento ou no ativismo, figuras como:
Essas conquistas mostram que a luta por representatividade e igualdade está avançando, mas ainda há muito a ser feito.
O Dia Internacional da Mulher não pode ser uma data restrita apenas às mulheres cisgênero. Para que seja, de fato, uma celebração de todas as mulheres, é essencial que as experiências das mulheres queer sejam reconhecidas, respeitadas e incluídas na luta por direitos.
A diversidade fortalece o feminismo, e a luta pela igualdade só será completa quando todas as mulheres forem ouvidas, independentemente de sua identidade de gênero ou orientação sexual.
Neste 8 de março, mais do que homenagens, é necessário lembrar que a luta das mulheres continua, especialmente para aquelas que ainda enfrentam barreiras impostas pelo preconceito.
A melhor forma de celebrar essa data é promover a inclusão, o respeito e a visibilidade das mulheres queer em todos os espaços.