Em 24 de fevereiro de 2025, a Câmara dos Representantes de Dakota do Norte aprovou uma resolução que solicita à Suprema Corte dos Estados Unidos a reversão de sua histórica decisão de 2015, que legalizou o casamento entre pessoas do mesmo sexo em todo o país. A medida foi promovida por legisladores republicanos e visa mudar a definição legal de casamento para uma união entre um homem e uma mulher.
A resolução foi aprovada por 52 votos a favor e 40 contra, refletindo uma divisão política no estado. A proposta agora segue para o Senado de Dakota do Norte, onde será debatida. Caso seja aprovada, a resolução exigirá que o Supremo Tribunal reconsidere sua decisão, o que poderia afetar os direitos dos casais do mesmo sexo e reverter conquistas legais conquistadas há quase uma década.
A iniciativa gerou um intenso debate, especialmente entre os defensores dos direitos LGBTQIA+. Muitas figuras políticas, ativistas e cidadãos expressaram indignação com a proposta, considerando-a um retrocesso no progresso dos direitos civis. Liz Legerski, residente de Grand Forks, foi uma das pessoas a se opor fortemente, destacando como sua família tem se beneficiado da legalização do casamento igualitário e como isso trouxe estabilidade e direitos legais a seus membros.
Para os opositores da proposta, esta tentativa de revogação é vista como uma ameaça aos direitos das pessoas LGBTQIA+, que ainda enfrentam desafios significativos em termos de aceitação social e direitos civis. A medida foi recebida como um passo para trás no reconhecimento da igualdade e da dignidade humana, especialmente após a decisão histórica da Suprema Corte dos Estados Unidos de legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Enquanto isso, os defensores do projeto afirmam que a mudança visa devolver aos estados o poder de decidir sobre questões de casamento, contestando a decisão da Suprema Corte e tentando restaurar o que chamam de “valores tradicionais”.