O Brasil mantém, pelo 16º ano consecutivo, a triste posição de líder mundial em assassinatos de pessoas trans e travestis. Em 2024, foram registrados 122 homicídios dessa população, conforme dados divulgados pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) em 27 de janeiro de 2025.
Embora tenha havido uma redução de 16% em relação a 2023, que contabilizou 145 assassinatos, os números ainda são alarmantes. Do total de vítimas em 2024, 117 eram mulheres transexuais e travestis, representando 95% dos casos.
Entre os estados brasileiros, São Paulo lidera com 16 assassinatos, seguido por Minas Gerais com 12 casos e Ceará com 11. Apenas Roraima, Acre e Rio Grande do Norte não registraram homicídios de pessoas trans em 2024.
Um caso que chocou o país foi o de Santrosa, suplente de vereadora em Sinop (MT). A cantora de 27 anos foi encontrada morta em novembro de 2024, com sinais de extrema violência. Seu corpo estava em uma área de mata, com mãos e pés amarrados e a cabeça decapitada.
A Antra destaca que, apesar da redução no número total de assassinatos, a violência contra pessoas trans e travestis permanece em níveis críticos. A organização enfatiza a necessidade de políticas públicas eficazes e de uma maior conscientização da sociedade para combater a transfobia e garantir a segurança dessa população.