No Chile, mais de 2.500 mulheres lésbicas e transgêneros denunciaram abusos relacionados à sua orientação sexual e identidade de gênero desde 2002. Esses dados foram divulgados pelo Movimento para a Integração e Libertação dos Homossexuais (Movilh) no dia 7 de março de 2025, revelando uma realidade alarmante de discriminação e violência enfrentada por essas mulheres no país.
Segundo o Movilh, 33 dos casos registrados foram classificados como crimes de ódio. Além disso, o número de agressões lesbofóbicas e transfóbicas aumentou consideravelmente em 2024. O grupo de direitos humanos registrou 118 casos de violência contra mulheres lésbicas, bissexuais, pansexuais e transgêneros ao longo do ano, evidenciando uma crescente onda de intolerância e discriminação.
Javiera Zúñiga, porta-voz do Movilh, destacou que os casos documentados variam entre agressões físicas e verbais, violência doméstica e discriminação no trabalho e na educação. Além disso, o grupo mencionou que alguns desses casos culminaram em assassinatos, o que demonstra a extrema gravidade da situação.
Desde que o Movilh começou a monitorar os casos de abuso contra mulheres lésbicas e trans, a organização identificou uma série de formas de violência que continuam a assolar essa população. Assassinatos, agressões físicas e verbais, violência doméstica e discriminação em ambientes educacionais e profissionais são apenas algumas das formas de abuso que têm sido amplamente documentadas.
O cenário no Chile ilustra a necessidade urgente de políticas públicas de combate à violência e à discriminação contra mulheres lésbicas e trans, com medidas mais eficazes para garantir seus direitos e segurança.