No Dia Internacional da Mulher, mais de 1.500 pessoas ocuparam as ruas de Porto Alegre em uma manifestação contra diversas formas de violência e opressão.
No sábado, 8 de março de 2025, Porto Alegre foi palco de uma expressiva manifestação em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Com concentração no Largo Glênio Peres, no centro da capital gaúcha, o ato reuniu feministas, movimentos sociais, sindicais e apoiadores, totalizando mais de 1.500 participantes, mesmo sob um calor de 40 graus.
Além das históricas lutas pelo fim da violência de gênero, feminicídio e busca por igualdade, o evento destacou questões como o combate ao negacionismo climático, a oposição à escala de trabalho 6×1 e a exigência de punição para golpistas. Suzana Cecília Lauermann, representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers), enfatizou a importância dessas pautas, ressaltando que eventos climáticos extremos e condições laborais precárias afetam diretamente a vida das mulheres.
A manifestação contou com a presença de mulheres de diferentes origens e trajetórias. Rosa Beltrame, uruguaia residente no Brasil há 48 anos e com 53 anos de militância política, destacou que o 8 de Março é um dia para fortalecer a luta contra o feminicídio e o imperialismo. Já Kate Lima Tikuna, representante da etnia Tikuna do Amazonas, ressaltou a resistência das mulheres indígenas contra o etnocídio e a importância da ancestralidade na luta por direitos.
A marcha também foi marcada por intervenções culturais. A Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz apresentou uma performance teatral que abordou a violência contra a mulher, destacando a necessidade de políticas públicas efetivas para combater essa realidade.
O ato em Porto Alegre fez parte de uma mobilização global pelo Dia Internacional da Mulher, reforçando a solidariedade entre mulheres de diferentes partes do mundo na luta por direitos e igualdade. A manifestação evidenciou a força e a determinação das mulheres gaúchas em enfrentar desafios e reivindicar um futuro mais justo para todas.