Zanele Muholi destaca visibilidade LGBTQIAPN+ em exposição no IMS

A partir deste sábado, 22 de fevereiro de 2025, o Instituto Moreira Salles (IMS) de São Paulo recebe a exposição “Beleza Revolucionária” da renomada artista e ativista sul-africana Zanele Muholi. Conhecida por suas fotografias que documentam e celebram a vida da comunidade negra LGBTQIAPN+, Muholi utiliza sua arte para garantir a visibilidade de histórias frequentemente silenciadas. “Quero garantir a visibilidade de nossa história em espaços politizados. Educar e documentar o passado com nossas vozes, para que ele não se repita”, afirma a artista.

Obras inéditas e conexão com o Brasil

Esta exposição apresenta, além de séries consagradas, obras inéditas produzidas durante a visita de Muholi ao Brasil em 2024. Nesse período, a artista criou autorretratos da série “Somnyama Ngonyama” e iniciou “Faces and Phases: Brazil”, retratando pessoas trans e colaboradores não conformes com o gênero. Esses trabalhos exclusivos refletem a interação de Muholi com organizações e indivíduos LGBTQIAPN+ brasileiros, estabelecendo um diálogo entre as lutas por direitos na África do Sul e no Brasil.

Futuro artístico e novos projetos

Após encerrar uma exposição no Tate Modern, em Londres, em janeiro de 2025, Muholi planeja novos desafios, incluindo a publicação de dois volumes de “Somnyama Ngonyama”. A artista também pretende explorar esculturas que capturem a história da comunidade negra LGBTQIAPN+, contribuindo para um arquivo político visual que preserve essas memórias e narrativas.